Comparison of lumen-apposing metal stents versus endoscopic balloon dilation for the management of benign colorectal anastomotic strictures. Kankotia RJ, Kwon RS, Philips GM, Regenbogen SE, Zacur GM, Wamsteker EJ, Schulman AR, Machicado JD. Gastrointest Endosc. 2024 Jul;100(1):136-139.e3. doi: 10.1016/j.gie.2024.03.008. Epub 2024 Mar 8. PMID: 38462058. As estenoses anastomóticas colo-retais benignas (EACB) são relativamente comuns após a ressecção cirúrgica do cólon. O tratamento ideal deve reunir várias características: (1) ser minimamente invasivo; (2) ser eficaz na obtenção de sucesso clínico, na prevenção de uma nova anastomose cirúrgica e na redução da recorrência das estenoses; (3) ter uma baixa taxa de eventos adversos; (4) necessitar de um número reduzido de procedimentos; (5) estar amplamente disponível; (6) ser fácil de utilizar; e (7) ser custo-efetivo. O tratamento inicial mais comum das EACB) é a dilatação endoscópica por balão (EBD). Contudo, podem ser necessários vários procedimentos sequenciais (em cerca de metade dos casos são necessárias pelo menos 3 sessões endoscópicas para se obter sucesso clínico), a eficácia é limitada, com taxas de recorrência que a prazo podem atingir os 50%, e associam-se a um risco acrescido de complicações, nomeadamente o risco de perfuração em até 5% dos casos, sobretudo quando são utilizados os balões de maior diâmetro (>=15mm). Mais recentemente, as próteses metálicas curtas de tipo “lumen-apposing metal stent” (LAMS), com um diâmetro de 15-20mm e 10-15mm de comprimento, têm sido utilizadas como modalidade alternativa neste contexto, potencialmente ultrapassando algumas das limitações da EBD. Neste estudo retrospetivo unicêntrico, foram incluídos 29 pacientes (11 LAMS e 18 EBD). A maioria das anastomoses eram colo-colónicas (58,6%) com uma distribuição equilibrada de indicações cirúrgicas de malignidade (24,1%), doença inflamatória intestinal (27,6%) e doença diverticular (20,7%). O sucesso técnico utilizando EBD ou LAMS foi de 100%. O sucesso clínico não foi significativamente diferente entre EBD (66,7%) e LAMS (81,8%). A recorrência da estenose foi observada em 33,3% no grupo EBD e em 11,1% no grupo LAMS (P = 0,35). Com as LAMS, houve uma tendência não significativa para menos procedimentos (2,4 vs 3,3; P = 0,06) e eventos adversos (0% vs 16,7%; P = 0,26). Os autores concluíram que as LAMS parecem ser tão eficazes como a EBD para o tratamento das estenoses anastomóticas, mas podendo necessitar de menos procedimentos e podendo ser mais seguras do que a EBD. Bruno Rosa António Oliveira
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